Por que só pensamos em dar “aquela” resposta após ter passado a oportunidade? Talvez porque o momento não merecesse a nossa resposta, e talvez o futuro não seria se sua fala fosse proferida. Mas esta não seria, esteja certo.
Por que só encontramos quando desistimos de procurar? Um brinco, um livro, um amor...
O brinco e o livro podem ser os princípios de uma cadeia de acontecimentos. Perde-se o brinco, substitui-o, chama atenção por algo específico que “os perdidos” não tinham e daí pode-se imaginar diversas continuações, apesar de, somente uma, ser “concretamente” válida. Perde-se o livro, perde-se a aula, sai da classe, passa por um desconhecido que te pede as horas e, quem sabe, depois de uns dias, ganha seu tempo. Quanto ao amor, porque talvez não tenha passado por antecessores momentos suficientes para te tornarem “merecedor (a)” de um bem específico.
São fatos simples, todavia não isolados.
O que teorizo agora (que, para muitos, será apenas mais uma loucura de homens loucos) pode ser o “princípio ativo” de uma série de acontecimentos, os quais podem implicar a mim, a você, ou a qualquer outro (a) que adentrar a astúcia do nosso pensamento, o pensamento humano.
A “cadeia” acontece todo o tempo, em torno dos milionésimos de segundo. A cadeia é uma “máquina de princípios ativos” com os quais nos deparamos sem saber. Uma chuva que te faz proteger-se em certo lugar, um desentendimento que te faz mudar os planos de uma noite, uma música, um filme, um livro...
Há, ainda, duas coisas importantes a se ressaltar.
Primeiro: a conseqüência dos “princípios ativos” pode ser extremamente imediata, mas também podem ativar uma seqüência longa de fatos que só culminará no objetivo após um longo tempo (dias, meses, anos...), dependendo, inclusive, de “princípios” de outrem, que se intercalam, mesmo que para fins diferentes.
Segundo: sabendo-se que há um “objetivo” indispensável e certo, não se pode recorrer à inércia proposital, pois negligenciaria sua participação na cadeia que, por sua vez, só existe enquanto você vive em função de seus objetivos, mesmo que estes não sejam “reais”, ou seja, conseqüência independente das “ativações”. O ócio invalidaria a seqüência de acontecimentos.
Não aprendi, ainda, a concluir teorias, contudo creio que a melhor conclusão fica a critério das mentes que a terão a seus alcances.
Dias 13.02.07